sábado, fevereiro 18, 2006

Solidariedade para com o anterior Post




Eu na verdade sempre olhei para a expressão LOL como um contributo dos nossos amigos africanos para o enriquecimento léxico do "netish" (linguagem da net) ou "webish", e quiçá quem sabe do português.
Diria até, não me fossem acusar de um pragmatismo dogmático, de ter sido dado um importante contibuto para um avanço léxico-gramatical do "pretoguês" (tão conhecido, aliás, na Residência Rómulo de Carvalho)!
Desfanzendo o mito, para mim, LOL sempre singificou "Lambe Os Lâmina"!
E daí que, ao ver um sujeito dizer "G'anda nóia! LOL", ou "Que carga de galhofa! LOL!", a tradução sempre fosse "G'anda nóia! Lambe Os Lâmina!" e "Que carga de galhofa! Lambe Os Lâmina!".
Consequentemente, de um gajo que faz uma interjeição jocosa e depois me manda lamber uma lâmina, só posso achar graça, nem que seja por uma lâmina, ao natural, não ter sabor algum.
Então, naturalmente, e como a própria alocução sugere, eu ria a bandeiras despregadas porque lamber uma lâmina era uma experiência que nem nos meus sonhos mais selvagens apareceria, senão que para introduzir um elemento de bizarro e de pateta para fora do normal.
E ria, ria, ria!!!...
Tal e qual como se estivesse a ler uma banda desenhada do Rato Mickey, e, a páginas tantas, visse o Pateta, no seu balãozito, dizer "Iac! Iac! Iac!".
Assim era eu a rir.
Agora, dizerem-me que LOL significaria "Lot's Of Laughs", ou outra estrangeirice parecida e despropositada (como se fossem os americanos que tivessem inventado a internet quando toda a gente sabe que foram os serviços secretos de Angola), isso é coisa que me custa a conceber.
E vou explicar porque:
1) Angola é um país autónomo, independente, democrático, pacífico e ausente de influências de superpotências, que na altura necessitava de criar um sistema de transmissão de mensagens prático e eficaz entre a sua diáspora para difundir mensagens de importância vital como "Traz os camarão quando tu vier", ou "Jacinta, si tu mi está pondo os corno com o Vitalino, ti dou uma coça qui tu nunca mais ti levanta dos chão", ou mesmo "Neco, ti mandei trazer uma grade de minis prós obra e tu traz um pacóti di seis??!!";
2) O Governo angolano tinha também a necessidade de um mecanismo de voto que abrangesse toda a população, dispersa pelo imenso território, e acessível a todos, desde o planalto mais isolado até ao bairro de lata mais sobrepovoado;
3) E Deus criou assim a internet para que o povo angolano pudesse mais facilmente corresponder ao sonho de Bill Gates (que, curiosamente, adquiriu depois de um safari a Angola e um Benfica-Porto em directo pela RTP-i), ou seja, de ter, pelo ano 2000, pelo menos um computador em cada palhota.

Posto isto, e sabendo-se que alguns usuários da internet dizem que a expressão "LOL" quer dizer algo outro que não "Lambe Os Lâmina", afirmo e reitero a minha intenção solene de nunca, jamais, em tempo algum, voltar a utilizar a referida sigla para designar seja o que fôr, solidarizando-me com o anterior afixante do "post" (que em angolano significa "poste", isto é, "os sítio onde os malta vê os boneco di quem é procurado pelos Savimbi").

Solidariamente,
NPAF

Nota 1: que ninguém veja neste comentário mais do que um exercício de imaginação. O estado angolano jamais desenvolveu a internet.
Nota 2: não se pretende contudo dizer que a hipótese de a internet ter sido desenvolvida por cidadãos angolanos esteja posta de parte. Somente que essa não é a primeira opção.
Nota 3: também não foi o propósito do post ofender a cidadania angolana, ou a sua peculariedade cultural. Se algum mal foi feito, as desculpas são desde já apresentadas, ainda mais porque o autor do post não deseja ter que viver sob uma identidade falsa, à semelhança do autor dinamarquês das caricaturas de Maomé, cuja cabeça vale, segundo o regime taliban, 100 quilos de ouro.
Nota 4: as embaixadas portuguesas podem ser queimadas à vontade. O autor do post está-se verdadeiramente nas tintas para um Estado cujo ministro dos Negócios Estrangeiros repudia o comportamento hostil da liberdade de imprensa ocidental, mas não os ataques, perfeitamente justificados na sua óptica porque meras respostas de coitadinhos irresponsáveis que não sabem o que andam a fazer no mundo, ferozes e brutais a representações de países onde, ao contrário de Portugal, os favores da Igreja não se fazem sentir. Há, de acordo com o nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros, que saber respeitar as diferenças, e lá diferente ele é. Diferente ao ponto de receber elogios do embaixador do Irão (o mesmo país que disse que "Israel deve ser banida da face da Terra" - não que não concorde de algum modo com ele, mas apenas por razões diferentes).
Nota 5: quarta-feira é noite da bebida branca a 1 euro no La Rumba!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

uma boa sugestão: invadir Angola, sacar-lhes o ouro, formar um governo de transição e depois dar-lhe independência!

por duas ordens de razão:

a) matávamos uns quantos... vocês sabem!
b) mandávamos para lá o Freitas do Amaral para chefiar o governo transitório!

Matavam-se 2... aliás... coelho e meio de uma só cajadada!

6:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

parti-me a rir a ler este texto. será que este blog será suficiente para Freitas do Amaral se demitir? novos episódios aquando do próximo acto terrorista...

6:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

estreminem uch pretu!!

8:30 da tarde  

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