segunda-feira, outubro 16, 2006

Nas despedidas...

Nas despedidas, todos os ódios se transformam em simpatias, e as pessoas sentem-se unidas por breves instantes, em que os defeitos são tomados como pequenos laivos insignificantes de feitios difíceis. Sentimos hoje falta daquilo que ontem desprezávamos pela saudade que julgamos vir a ter amanhã. É hoje, agora e neste momento, que sentimos a verdadeira saudade – hoje, que ainda vivemos aquilo que consideramos indispensável para o amanhã. O desconhecido tornou-se um hábito, e agora iremos sentir falta desse quotidiano que desprezaríamos caso tivéssemos de o continuar a viver. Por vezes, o som do pensamento constante torna-se ensurdecedor, e temos de tapar os ouvidos, para que a nossa consciência nos liberte das lamechices que atacam o coração. A claridade atinge-nos, e voltamos a desprezar toda esta monotonia, os nossos inimigos voltam a ter os seus defeitos insuperáveis, e a experiência de hoje é o passado de amanhã, e o que lá vai, lá vai.

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DACC

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hum... não terei já lido isso em qualquer lado?... :D
Os comentários mantêm-se!

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NPAF

6:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

isto o pessoal é muito pouco participativo. temos sempre bastante visitas diariamente, mas ninguém deixa opiniões

2:59 da tarde  
Blogger Vanessa said...

Nao somos participativos, calma la.
Toda a gente quer aquilo que nao tem. Mas isso faz parte da natureza humana.Mostras agora o teu lado freudiano.
Fora de brincadeira - isto ate tu sabes e nao podes contrariar. Por mais racional que sejas.

11:49 da manhã  

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