segunda-feira, outubro 02, 2006

Liberdade de pensamento?




Prólogo

depois de algumas conversas em que era "arrumado" em prateleiras, praticamente obrigado a "escolher" um lado, encostado à parede até que a minha opinião fosse outra que não a minha, comecei a questionar-me sobre a liberdade de pensamento e tudo o que ela arrasta.

Busílis
a liberdade é a droga que alimenta o pensamento democrático, tão utópica quanto o paraíso ou o inferno, o capitalismo ou o comunismo. lembra o fumador que diz que anda a fumar menos, e que no entanto continua a fumar, o forcado que diz que não maltrata o bicho, mas que participa num espectáculo onde ele é maltratado. a liberdade existe como desculpabilização de poderes, desresponsabilização de autoridades, "jogo do empurra", como lhe queiram chamar.

Epílogo
perguntam-se já aqueles que se obrigam sempre a escolher lados, "então este gajo é contra a liberdade?", ou "olha este, outro anarca com a mania do caos". não.

tenho a liberdade de dizer que duvido da liberdade, que usufruo dela tanto quanto qualquer outra pessoa, e se me apetecer criticá-la positiva, negativa ou imparcialmente, sou livre de fazê-lo.

tudo isto para dizer que temos a liberdade de escolher lados, mas também de não o fazer e permanecer neutros, seja por teimosia, incapacidade de julgamento ou mesmo por excesso de contradições. 
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DACC

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isso costuma acontecer bastante em épocas conjecturais como as de hoje em dia: crise e mais crise e é preciso zelar pela segurança e pela democracia e abaixo o terrorismo mas não os israelitas que são coitadinhos, fora com o Irão e com o défice...
Sim, concordo contigo. Parece às vezes que há um ambiente de caça às bruxas, em que se não és a favor, é porque és contra.
O mundo a preto e branco faz sentido nos contos de fadas, e mesmo aí, só para as crianças. O Bem e o Mal como a única realidade existente passa depressa quando (ou se) temos a noção de sociedade e do outro connosco.
Gostei a esse propósito de um documentário, penso que está em www.loosechanges911.com, mas terão que verificar, pois sou demasiado preguiçoso para o fazer agora e corrigir a informação, em que eles exploravam o 11 Setembro como ferida interna, um golpe auto-inflingido. Muito diferente do outro, farenheit 911 - um pouco americano demais para o meu gosto, acaba por cair no erro que aponta, a dogmatização e desacreditação pela troça.
A certo ponto há uma entrevista a um sujeito que defende esta ideia, e o senhor das notícias pergunta-lhe muito ofendido qual era o seu gozo pessoal em fazer chacota da família das vítimas ao afirmar que tinha sido tudo consentido e planeado pelo Estado Americano.
... é a América...
Mas em Portugal também sucede, sem dúvida, e cada vez mais, e onde menos se devia esperar, como nas Universidades, onde deverias ter alguma inteligência para não ver só um mundo a preto e branco.
Infelizmente isso não sucede, e continua-se a promover o extremismo: ou muito inteligente que manipulas, ou muito burro que és manipulado.


NPAF

5:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ok, foi mais forte do que eu...
o documentário está em

http://video.google.com/videoplay?docid=7866929448192753501

Pronto, já posso dormir com a consciência profissional em repouso.

NPAF

5:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Porra, afinal já não está!...
olha, abram file>new no vosso browser, digitem www.google.com, e no espaço search digitem "loose changes".

Já não digo mais nada

6:01 da tarde  

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