quarta-feira, março 08, 2006

Uma ou outra reflexão acerca do Dia da Mulher (para ser lido com uma pontinha de sarcásmo e inteligência!)

Hoje celebra-se o Dia da Mulher.

O Dia da Mulher é uma celebração in illo tempore do dia 8 de Março de 1857, quando operárias da indústria têxtil e de confecções realizavam, em Nova Iorque, a greve que assinalou o início da luta das mulheres pela igualdade de direitos laborais.
Até aqui tudo bem.
Concordo em, absoluto com o marco que este dia representa para a história da Humanidade Ocidental.
Vínhamos de uma revolução industrial abrupta, os tempos avançavam à velocidade do desenvolvimento exponencial dos emios de comunicação/transportes, êxodo da população rural para os grandes centros urbanos, exploração brutal do trabalho assalariado no geral, com especial ênfase para o infantil e feminino.
Daí até ao movimento sufragista foi um passo.
A batalha pela igualdade de direitos começava a desenrolar-se, e bem, para outros planos.

Entregaram-se, ontem e hoje, dois projectos-lei na Assembleia da República (AR) que prevêem um terço de mulheres nas listas eleitorais à AR, órgãos autárquicos e Parlamento Europeu.
Contudo há mulheres na AR e restantes órgãos executivos da política portuguesa e europeia.
Acaso há deputados de cor? Para quando o projecto lei que exija que um terço dos deputados seja de uma família étnica que não a caucasiana?

Será que os portugueses que votam são tão estúpidos ao ponto de não votar em alguém porque é mulher?
Podem ser, isso sim, estúpidos ao ponto de votar em alguém pela sua cor política, numa atitude acrítica e clubística, ao invés do projecto que 'a' ou 'b' apresenta.
Seguindo este raciocíonio, será então às elites dirigentes dos partidos políticos que são dirigidas as supra-citadas propostas.
Mas... se são essas mesmas elites que apresentaram esses projectos-lei??!!
... não faz sentido, pois não?
Não é para fazer!
É para ser o Dia da Mulher na sociedade e na política portuguesa.

Dixit!

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NPAF

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

esta lei é do mais machista que existe!! então... uma lei que "obriga" literalmente as mulheres a fazer parte da política???
e se elas não quisessem? iriamos a casa delas com o jipe da GNR para as arrastar?? isto não faz sentido!!
elas têm de ir para lá se quiserem, se forem eleitas, se forem competentes (ou consideradas competentes)! toda a discriminação só acaba quando se deixar de tentar fazer por acabar com ela! porque os que tentam é porque não são assim tão discriminatórios, logo não são esses que têm de mudar... na minha ideia claro...

2:04 da tarde  

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